Importância do Sistema de Gestão de Segurança no Grupo Rio da Prata

Em junho de 1995 recebemos os primeiros grupos de turistas no Prata, fato que marcou o inicio de um empreendimento familiar e nos fez praticar as habilidades de organizar, planejar, e administrar. O objetivo era criar um modelo de ecoturismo organizado, com foco em qualidade e segurança, que fosse viável economicamente e conciliasse desenvolvimento regional e conservação ambiental.

A ideia não era ter “lucro máximo” e nem ser “líder de mercado”, mas sim fazer um trabalho de qualidade, melhorando sempre, uma atividade que trouxesse satisfação para a família e equipe de colaboradores e que permitisse colocar a “alma” no negócio e contribuir para um mundo melhor.

Queríamos que a visitação turística no atrativo ajudasse a incentivar a conduta consciente em ambientes naturais, com medidas para mínimo impacto, assim, estabelecemos regras de conduta a serem seguidas durante o passeio, como: limite de tamanho e intervalo entre os grupos; obrigatoriedade do guia; fila indiana; obrigatoriedade do uso de equipamentos; recomendação de silêncio; proibição do uso de repelente e protetor solar, monitoramento ambiental e manutenção adequada das trilhas.

Também houve a preocupação com a segurança do visitante, o que ainda não existia nos atrativos de Bonito na época, assim desde o inicio do passeio, criamos procedimentos e implantamos seguro de acidentes para os visitantes, radio-comunicação e materiais de primeiros socorros. Quando em 2008, fomos convidados para participar do Programa Aventura Segura da ABETA (Associação Brasileira de Ecoturismo e Turismo de Aventura), já tínhamos muitas das ações propostas implantadas, contudo, ainda não estavam formalizadas na forma de um SGS – Sistema de Gestão de Segurança. Em 2010 certificamos o nosso Sistema de Gestão de Segurança e desde então ele recebe auditoria da ABNT certificadora anualmente. O Prata e a Mimosa fazem parte de um conjunto de poucos atrativos no Brasil que mantém a certificação desde o início. A maioria dos atrativos abandonou as certificações devido a ser muito trabalhoso manter um SGS com registros adequados e o alto custo da auditoria.

Simplificando, o SGS é um conjunto de procedimentos que tem 4 finalidades:

1 – Informar os visitantes para que estejam cientes dos riscos das atividades (termo de conhecimento de risco, restrições);

2- Prevenir a ocorrência de acidentes, através de ações como vistoria de trilhas diárias, podas de árvores, anti-derrapantes, equipamentos de segurança, etc.

3 – Registrar acidentes e incidentes, vistorias e manutenções, através dos relatórios de passeio e monitores, e buscar oportunidades para melhoria contínua.

4 – E se ocorrer um acidente, saber como agir corretamente em caso de emergência (PAE – Plano de atendimento de Emergência).

A realização anual da capacitação em primeiros socorros objetiva ter uma equipe preparada que saiba como agir corretamente em caso de emergências. E esta é uma habilidade que devemos ter não só porque trabalhamos em uma fazenda turística, mas para a nossa vida pessoal e familiar também.

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