José Sabino, Biólogo, Professor da Uniderp, atua há mais de 25 anos junto ao Recanto Ecológico Rio da Prata (Jardim-MS). Durante todo esse período foi possível acumular um conhecimento bastante robusto , através de pesquisas realizadas no local, orientações de projetos de Mestrado e Doutorado, em colaboração com professores e pesquisadores de outras universidades, tanto do Brasil quanto do exterior.
Teve início, então, neste mês de março no Recanto Ecológico Rio da Prata, trabalho de monitoramento para a criação de um protocolo com informações precisas , com evidências e métricas que auxilie na exploração da biodiversidade de maneira sustentável do local.
“Temos uma base que permite que a gente que contribua com a sustentabilidade com a operação turística de mínimo impacto, que é um dos objetivos do ecoturismo”, diz Sabino.
Ao longo desses anos, José Sabino descreveu elementos como relação entre os organismos , os processos ecológicos, as interações entre peixes e a mata ciliar. “Um conjunto de informações, que permite que a gente conheça o funcionamento desse sistema biológico riquíssimo, um ambiente com um padrão elevadíssimo, tanto da operação turística, quanto da riqueza , as espécies que compõe a biodiversidade. Temos aqui por volta de 65 espécies de peixes registradas na região”, diz.
São peixes diurnos e noturnos, que migram e que realizam diversos processos biológicos na região. “Alguns peixes como a piraputanga interagem curiosamente com os macacos prego. Eles comem frutos ao longo da mata ciliar e parte desses frutos caem na água fazendo com que as piraputangas, imediatamente, venham comer esses frutos e depois acabam dispersando as sementes ajudando na manutenção do sistema”, explica o biólogo.
“São relações ecológicas como essa que permite que a gente conheça o rio em maior profundidade e, através desse conhecimento, gere informações que contribua com o monitoramento que revela a saúde do rio mesmo depois de 25 anos de uma operação turística bastante controlada, com protocolos e que permite a interação do turista com o meio ambiente”, acrescenta Sabino.
As informações serão compiladas em um protocolo com evidências e métricas que auxilie na exploração da biodiversidade de maneira sustentável, gerando assim informações para os guias , colaboradores e visitantes.